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Foto do escritorBeija-Flor Editorial

Educação e seu impacto nas relações sociais.



Por Lucicleide Santos


Quando pensamos criticamente sobre a Educação, nos damos conta que se trata de um conceito que perpassa a escolarização. Para o autor Rubem Alves (2023, p. 41), “A educação se divide em duas partes: Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades”; a meu ver, esta última, a criança deve/deveria receber primordialmente na primeira instituição da qual faz parte: o ambiente familiar.


No decorrer de sua fala o autor afirma ainda que sem a sensibilidade as habilidades perdem sentido. Sob essa perspectiva, a Educação é de fundamental importância em todos os aspectos sociais, estando intrinsecamente relacionada ao modo como nos relacionamos em sociedade. Vale lembrar, que a educação recebida no âmbito familiar deve está diretamente relacionada às emoções (sensibilidades) como empatia, compaixão, solidariedade, trabalho em equipe, ternura, etc. e, consequentemente, ao modo como agimos ou devemos agir com o eu e com o outro nas mais diversas situações cotidianas.


É de suma importância que enquanto adultos — educadores ou não —, tenhamos essa conscientização do nosso papel frente às relações/conexões desenvolvidas nas infâncias, tendo em vista que as relações construídas no interior de nossas casas, sendo boas ou não, se expandem a outros contextos e afetam as interações estabelecidas com outras crianças podendo chegar a caracterizar Bullying — conceito que não vou me aprofundar, pois não é o objetivo desse texto, porém é uma temática de grande relevância e será assunto para outro post.


A Educação familiar é importante tanto quanto a Educação escolar, ambas se complementam. Como educadora, acredito fielmente que a criança que recebe a Educação das Sensibilidades em casa e de igual modo na escola, interligada a Educação das Habilidades, torna-se uma criança mais segura de si, com grande potencial para enfrentar situações atípicas no seu dia a dia, podendo agir conscientemente, mesmo sendo uma criança.


Para Educar não existe tempo certo. O tempo é o hoje. É o agora. Precisamos refletir sobre a Educação que nossas crianças estão inseridas, desde nossos lares aos espaços escolares.


Diante desse contexto, um caminho a ser seguido e que poderá gerar significativas transformações, desde a mais tenra infância, é a prática da Educação das Sensibilidades bem como o entendimento de que esta não depende apenas dos educadores, visto que extrapola os muros das escolas, embora seja condizente com a escolarização.


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