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Foto do escritorBeija-Flor Editorial

EDUCAÇÃO E SOCIEDADE




Por Lucicleide Santos


Sabe-se que a Educação por si só não transforma o mundo como bem mencionou Freire (1987), no entanto, é inegável sua importância frente a construção do sujeito em sua completude, sendo este o principal ator da transformação social. Dessa forma, é importante refletir sobre o impacto da Educação no sentido de manutenção, ou de superação das desigualdades socioeconômicas globais.


É necessário pensar à Educação para além de um meio de formação escolar, precisa-se entender sua relevância no processo de construção de uma sociedade mais justa, democrática, e igualitária sob um viés de equidade. Uma Educação comprometida com a emancipação do sujeito, respeitando sua singularidade. Uma Educação que desenvolverá sujeitos críticos e autônomos, que conhecem e reivindicam seus direitos constitucionais, inclusive o direito à própria Educação.

Dessa forma, a Educação deve ser pautada em ações emancipatórias, desenvolvida sob uma perspectiva problematizadora Freire (1987) que proporciona ao educando a possibilidade de reflexão perante as desigualdades socioeconômicas nas quais por vezes encontra-se inserido. É necessária uma Educação que impulsiona e que relaciona conhecimentos escolares e conhecimentos prévios dos estudantes, de modo a valorizar suas vivências.


Precisa-se compreender, que o ato educativo perpassa o ambiente escolar, que a Educação extrapola o sentido de decodificação atrelado ao reconhecimento das letras e seus respectivos sons. A Educação é a principal maneira de disseminar no sujeito o senso questionador, inconformista perante a negação de direitos sociais básicos, vivenciado pela maioria da população marginalizada socialmente.


Para a Educação ser eficiente, precisa partir de práticas pedagógicas horizontais conscientes. A ação educativa deve aproximar os conteúdos escolares das realidades concretas e necessidades dos educandos para que estes sintam-se acolhidos, pertencentes e minimamente estimulados a buscarem novos conhecimentos. É inegável a importação da escolarização na vida dos educandos, principalmente nos momentos de uso social, no sentido de Educação como um ato político (Freire, 1987).


Portanto, ponderar sobre a Educação requer pensarmos ainda em qual sujeito estamos formando para atuar socialmente, é preciso também refletirmos sobre qual sociedade queremos e desejamos para as futuras gerações, diante disso, afirma-se que não se pode refletir sobre Educação sem pensar em formação do sujeito, sociedade e emancipação social, pois são verdadeiramente elementos básicos da humanidade.

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