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Foto do escritorBeija-Flor Editorial

Sobre pensamento, ação e liberdade.




Augusto Rossini

Fui e sou o responsável por todos os pensamentos que tenho e que terei, e só posso transformá-los através do hábito, da paciência e da perseverança. Essa frase escrevi no dia 14/07/2024. Daí você se pergunta: o que tu quer dizer com isso? De forma não resumida e pedagógica, tentarei explicar.


Nosso estado de presença aliado as nossas intenções é aquilo que entregamos para nós mesmos e para o universo. E nossos pensamentos também são ações. Como consequência e contexto, no ocidente, temos uma conotação negativa da palavra karma. Em sua raiz, karma significa ação. Essa ação que cometemos pode ter resultantes positivas ou negativas. O que significa que, em cada intenção que colocamos nos planos sutis da existência, colhemos o retorno desse estado de presença ou de ausência. Mas como será possível entender e se colocar em um estado de perceber cada pensamento enquanto uma ação se vivemos em uma realidade repleta de hiper estímulos? Agora é só você lembrar do que escrevi nas colunas anteriores. Quando se adentra nessa senda é que se entende porque e como os seus pensamentos são como são. Tenta iniciar a jornada. Eu sei que às vezes pode machucar por conta de rancores e profundas experiências péssimas que cada um de nós, enquanto meros seres humanos, guardamos. Depois que tudo vem à tona, a poeira baixa. Quando mais se olha para a sombra, mais ela quer conversar com você. Ela não quer seu mal, só quer ser acolhida e compreendida.


Se nada disso ainda não fez sentido, como anda então a sua vida religiosa? Quem é seu maior mestre? Não há exemplos? Independente da resposta, seja você o seu maior exemplo. Só você sabe do seu potencial. Para tal, converta o processo de relaxamento, respiração e silêncio para a sua conduta e seu dogma. Seja refletindo sobre um filósofo, um poeta. Ou sobre um Buda, um Cristo, um Orixá… Não precisa só seguir os ensinamentos originários da meditação se você não se identifica com eles. O que importa é o relaxamento, a melhora da concentração e o autoconhecimento. Pegue uma frase, uma visão mediúnica, uma reflexão e feche seus olhos pensando nela. Tente, nesse exercício, justificar essa frase com um profundo silêncio e relaxamento. O que ela quer dizer, no frigir dos ovos?


Unicamente é você capaz de perceber a sua presença e ação no mundo como consequência do ensinamento das suas referências. Portanto, não se imponha o seu ideal, mas medite e silencie por meio dele. O resultado disso é a efetivação das suas ações e a ampliação do seu controle sobre os seus pensamentos e intenções. O que resulta em mais prazer pela vida e mais produtividade.


Com isso, reflita no quanto o seu livre arbítrio te proporciona mesmo uma liberdade ou uma ampliada dependência por diversos fatores, situações, pessoas… Ao invés de condenar cada uma dessas dependências, aceite-as. Ame cada uma delas como se fosse um parente querido. Com o tempo, você vai se sentir à vontade para se libertar desses processos. Não tenha nenhuma pressa em se conhecer e em se melhorar. A gente só aproveita a vida quando respeitamos o tempo da mesma. Cada coisa tem o seu lugar e cada intenção terá a sua consequência. Se a busca nessa senda machucar, relaxe. Procure se cuidar, ir na praia, passar um hidratante no corpo, ouvir uma boa música, desabafar com um amigo de confiança, caminhar por um lugar bonito da sua cidade… Assim que tiver tempo para tal. Pode-se também entender de que forma se pode relaxar no trabalho, administrar suas pausas, diminuir o ritmo quando se chega em casa, fazer um gesto de amor para alguém aberto e receptivo. Tudo isso é um movimento de ações que irão gerar consequências positivas para a sua saúde mental, concentração, relaxamento e foco.


Portanto, meditação é entrega. Como também liberdade. Entenda sua forma de entregar e se liberte. 


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